Obs: confira o tracklog no final do post.
Uma linha quase reta, com o
aspecto de um degrau, apontando de Norte a Sul, de Minas à Bahia, e que
conserva, ao longo de seus 1.000 km de extensão, características semelhantes e totalmente
singulares. Esta é a Serra do Espinhaço.
E com o objetivo de conhecer um
pouco mais de perto toda essa beleza e riqueza, a equipe do Guia de Fechados
organiza uma travessia de cerca de 80 km, partindo de Fechados até Lapinha da
Serra, pelo alto do Espinhaço, distribuídos em 04 dias de muito trekking e contato
com a natureza.
Ao longo dos 80 km do percurso a infraestrutura
é apenas o trouxemos na bagagem, que é carregada pelas mulas que nos acompanham na travessia. Mas diante do cenário a seguir dá pra ver que não sentimos falta de nada.
Obs: Contato do Guia de Fechados: www.guiadefechados.com.br
DIÁRIO DA TRAVESSIA
Dia 01: Café da manhã, passeio pelo
distrito, almoço e subida para o Alto de Fechados. É possível visitar a
Cachoeira e Cânion do Buracão, desfrutar da belíssima subida da serra e visitar
a Cachoeira do Horizonte. O pouso é na propriedade do Valtinho e Mirtis, com
seu quintal repleto de atrativos naturais.
À caminho de Fechados - via Santana de Pirapama
Fechados - sede do distrito
Início da trilha para o alto de Fechados
Mais trilha e pausa para abastecimento e admirar a paisagem (a sede do distrito ficou lá em baixo).
Curtindo a beleza do alto de Fechados (Cachoeira do Horizonte)
Curtindo a beleza do alto de Fechados (O cerrado da Serra do Espinhaço em Fechados)
Ponto final do primeiro dia de travessia: pouso na casa do Valtinho e Mirtes
Dia 02: O despertar é cedo, por
volta das 06:00 da manhã... Serão cerca de 20 km até o próximo local de pouso,
no encontro do Córrego Samambaia e Triquicé. O percurso é marcado pelas belas
planícies de altitude, que se estendem até a descida do Miltinho, já perto do
local de pouso. O correto é chegar cedo, pois um belo banho de cachoeira, preparação
do almoço e montagem das barracas ainda estão na agenda do dia.
Casa do Valtinho e Mirtis (que beleza de quintal).
O início da caminhada do segundo dia... nas planícies de altitude da Serra do Espinhaço
Visual da descida do Miltinho, à caminho do Vale do Triquicé (destino final do dia 02).
Fim do percurso no segundo dia... hora de cachoeira, almoço (ou janta) e armar barraca.
Dia 03: O terceiro dia começa
mais cedo ainda, pois o acampamento precisa ser desmontado e transferido para as mulas. Neste trecho a
travessia se dá dentro de um grande vale... 20 km de extensão. Iniciamos a
caminhada atravessando o Rio Preto de Fechados. O acampamento será montado na
região de uma cachoeira misteriosa, onde há vestígios de um vultoso garimpo no passado.
Desmontando o acampamento.
Pose para fotos antes do reinício dos trabalhos.
Travessia do Rio Preto
Paisagens da região.
Pausa para descanso
Pausa curta...
Destino final do dia... vale do Soberbo.. descanso e janta pra repor as energias.
Dia 04: No último dia o percurso
é o menor da travessia, o que permite maior descanso e curtir a interessante
região da Cachoeira do Soberbo. Os indícios do garimpo estão por todo lado –
resto de maquinário, edificações de pedra, marcas no relevo. Dizem que, devido
à atividade do garimpo, o poço da cachoeira possui mais de 100 metros de
profundidade. Relatos também afirmam que o garimpo acabou após uma enchente que
levou tudo: máquinas, pessoas e casas. Alcançamos Lapinha, ainda pelos belos
vales, no fim da tarde.
Despertando no Soberbo... Cachoeira do Soberbo, Cânion do Rio de Pedras e os vestígios da mineração.
Cachoeira acima do Soberbo
Pés na estrada rumo à Lapinha da Serra... faltam 14 km.
Vestígios do término da travessia... quase lá.
Chegada na Lapinha.
Tracklog:http://pt.wikiloc.com/wikiloc/spatialArtifacts.do?event=setCurrentSpatialArtifact&id=5956766